terça-feira, 11 de dezembro de 2018

O Arquivo do Dia #169 — O Centenário de Aleksandr Solzhenitsyn



Se fosse vivo, Aleksandr Solzhenitsyn completaria hoje 100 anos. Romancista e historiador russo, foi autor de obras, como Arquipélago de Gulag ou Um Dia na Vida de Ivan Denisovich, que construíram a percepção mundial sobre o sistema prisional, baseado em campos de trabalhos forçados (os gulags), da antiga União Soviética. Prémio Nobel da Literatura em 1970, Solzhenitsyn viveu exilado durante duas décadas, por oposição ao cariz omnipresente e totalitário soviético, regressando ao seu país natal em 1994.

Em solo norte-americano, a História registou, com particular instância, o discurso que proferiu, em 1978, a propósito do grau honorífico que lhe foi atribuído pela Universidade de Harvard. Um momento de profunda censura ao mundo ocidental contemporâneo, da sua fraqueza espiritual baseada no materialismo vulgar, e que continha das palavras (talvez) mais proféticas do seu discurso intelectual, sobretudo no que toca à decadência da comunicação social em prol da promoção de valores e espírito crítico no comum dos mortais: "What sort of responsibility does a journalist or a newspaper have to the readership or to history? If they have misled public opinion by inaccurate information or wrong conclusions, even if they have contributed to mistakes on a state level, do we know of any case of open regret voiced by the same journalist or the same newspaper? No; this would damage sales."



[Fontes: Solzhenitsyn Center / Michael Payne].
[Imagem: The New Criterion].

Sem comentários:

Enviar um comentário