
Realizadora e argumentista francesa, Yannick Bellon explorou ao pormenor, por intermédio de obras de pendor feminista e provocatório, a condição social da mulher, abordando temáticas como o divórcio (LA FEMME DE JEAN), o cancro da mama (L'AMOUR NU) ou os efeitos da violação numa jovem mulher — em L'AMOUR VIOLÉ, muito possivelmente o seu filme mais célebre. O "eterno feminino" foi, portanto, o coração do Cinema de Yannick Bellon, cujo falecimento, aos noventa e cinco anos de idade, é por estes dias registado pela imprensa cultural.
Para além deste percurso fílmico dramático ao longo das décadas de setenta e oitenta, Yannick Bellon assumiu, também, a realização de diversas séries documentais para a televisão francesa (sobretudo, BIBLIOTHÈQUE DE POCHE, dedicado às principais figuras da literatura francófona), destacando-se, na sua filmografia, LE SOUVENIR D'UN AVENIR, que o Arquivo de hoje partilha. Ao lado de Chris Marker, e a partir dos arquivos fotográficos da sua mãe Denise, Yannick Bellon propõe uma História da França assente no "fascínio da imagem fixa".
Para além deste percurso fílmico dramático ao longo das décadas de setenta e oitenta, Yannick Bellon assumiu, também, a realização de diversas séries documentais para a televisão francesa (sobretudo, BIBLIOTHÈQUE DE POCHE, dedicado às principais figuras da literatura francófona), destacando-se, na sua filmografia, LE SOUVENIR D'UN AVENIR, que o Arquivo de hoje partilha. Ao lado de Chris Marker, e a partir dos arquivos fotográficos da sua mãe Denise, Yannick Bellon propõe uma História da França assente no "fascínio da imagem fixa".
[Fontes: Arte France / Les Films de l'Equinoxe / Tis tián].
[Imagem: Serge Mouraret / Alamy].
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