quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O Arquivo do Dia #317 — No Aniversário de Pedro Almodóvar



Nascido a vinte e cinco de Setembro de mil novecentos e quarenta e nove, Pedro Almodóvar é, no panorama do cinema europeu contemporâneo, nome que dispensa apresentações. Autor de uma filmografia composta por mais de vinte títulos, onde se destacam MUJERES AL BORDE DE UN ATAQUE DE NERVIOS ou TODO SOBRE MI MADRE, Almodóvar conquistou um Oscar, nove prémios Goya, seis distinções da Academia de Cinema Europeu, diversas láureas em Cannes, Veneza e Berlim, e uma particular apreciação mundial por críticos e espectadores. Como poucos, o cineasta espanhol foi capaz de produzir filmes de considerável apelo comercial mas absolutamente infundidos das suas obsessões criativas: ao melodrama inspirado em Douglas Sirk e Michael Curtiz alia-se um irreverente sentido de humor, panos de fundo essenciais para a reflexão sobre a sociedade e mentalidade espanholas.

O percurso, as motivações e as esperanças para o futuro de Pedro Almodóvar são os temas de conversa nesta edição do programa Autorretrato, emitida em mil novecentos e oitenta e cinco pela TVE, que o Arquivo de hoje destaca. Com um início dominado pela extravagância — sim, a "vocalista" que surge em palco, logo nos primeiros segundos, é o próprio Almodóvar — a que ficou associado naquela década, o realizador partilha, numa longa entrevista conduzida pelo jornalista Pablo Lizcano, a sua história de vida, os conceitos pessoais de amor, família e amizade, a importância da sua primeira longa-metragem (PEPI, LUCI, BOM Y OTRAS CHICAS DEL MONTÓN), a ausência de uma indústria do cinema espanhol e os sonhos que nutria em dirigir Bette Davis e Katherine Hepburn.



[Fontes: Radiotelevisión Española (RTVE) / Retroclips].
[Imagem: El Deseo / Canal+ España].

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