quarta-feira, 11 de setembro de 2019

O Arquivo do Dia #307 — Antero de Quental, o "Santo Vivo"



A onze de Setembro de mil oitocentos e noventa e um, o escritor e poeta Antero de Quental, uma das principais figuras da literatura portuguesa do Século XIX e eminente crítico das realidades sociais e económicas daquela época, põe termo à vida, na sua Ponta Delgada natal, com dois tiros, num banco de jardim junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança. Resultado de uma depressão profunda — condicionada, provavelmente, pelo distúrbio bipolar de que padecia — e de um pessimismo causado pelo sentimento de incapacidade em transformar a sociedade que o rodeava, o suicídio de Antero de Quental será o aspecto mais citado da biografia do autor de 'Odes Modernas' e 'Causas da decadência dos povos peninsulares'.

Dos arquivos da RTP, recuperamos hoje o documentário Literatura Portuguesa: Moderna e Contemporânea, programa supervisionado pelo professor catedrático Carlos Reis, onde se destaca a personalidade literária de Antero de Quental, com ênfase nas diversas etapas — da poesia militante ao pendor metafísico que adoptou durante os derradeiros anos de vida — da sua obra, no espírito das Conferências do Casino, nos seus ideais político-sociais e na elevação do vigor intelectual do homem que Eça de Queirós apelidou de "Santo Vivo".



[Fontes: Arquivos RTP / João Reininho].
[Imagem: José Pacheco Toste - Photographia Central - Foto Toste / Instituto Cultural de Ponta Delgada - Colecção Fotográfica Digital: PT/ICPD/CFP].

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